sexta-feira, 2 de maio de 2008

Emissões de metano sobem depois de 10 anos de estabilização

30/04/08 - Emissões de metano sobem depois de 10 anos de estabilização, por João Lucas com informações de CarbonoBrasil.

Um centro de pesquisas governamentais dos Estados Unidos divulgou, na última semana, mais uma vez aumentos nas concentrações de gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera em 2007. O fato, não vem a ser uma grande novidade, já que a cada ano este fenômeno se repete. A diferença é que, desta vez, os cientistas constataram um aumento nas emissões de metano, o que não ocorria há 10 anos.
Segundo as recentes pesquisas, a liberação de dióxido de carbono (CO2) cresceu 0,6%, o equivalente a 19 bilhões de toneladas e o metano (CH4) 0,5% ou 27 milhões de toneladas.
Uma das grandes preocupações com relação a este fato, é que o metano tem potencial de retenção de calor muito maior que o do gás carbônico. Para se ter uma idéia, o metano (CH4) e o dióxido de nitrogênio (NO2), juntos, têm capacidade de retenção de calor cerca de 30 vezes maior que o gás carbônico. No entanto, o grande vilão ainda é o gás carbônico, em virtude de sua altíssima concentração na atmosfera, além do fato se sua liberação ser absurdamente maior que a dos demais gases.
Ainda de acordo com as pesquisas, as causas mais prováveis para o aumento desta liberação de metano, seriam a crescente industrialização na Ásia e as emissoões crescentes vindas de terras alagadas no Ártico e nos trópicos. Em terras alagadas ocorre alto nível de decomposição de matéria orgânica, o que poderia explicar tal fato. O derretimento do permafrost no Ártico pode vir a ser uma grande preocupação, pois nestas áreas há muita matéria orgânica que ainda não foi decomposta justamente pelos solos estarem congelados. Caso haja um crescente derretimetno do permafrost, haverá, provavelmente, um grande aumento na liberação de metano, com possível aumento do aquecimento global.

Volta ao normal

Para os pesquisadores, este aumento de gás metano pode, embora não seja certo, representar uma volta ao normal, já que a estabilização da emissão de metano ocorria desde 1998. As razões para esta estabilização podem variar, sendo talvez as mudanças na demanda energética da Rússia após o fim da União Soviética, ou talvez o cortamento de fontes como sistemas de carros, aterros sanitários e outras, a fim de amenizar a liberação de gases do efeito estufa.

Emissões de CO2

Com relação às emsissões de CO2, os dados mostram que, no ano passado, o CO2 aumentou em 2,4 moléculas por cada milhão de moléculas no ar, uma medida conhecida como partes por milhão, ou ppm.
Os níveis de CO2 estavam em 270ppm até 1850, período anterior ao uso intenso de combustíveis fósseis (iniciado a partir da revolução industrial). No início de 2006, a concentração era de 380ppm. Em 2007, os níveis já estavam próximos de 385ppm, tendo subido de forma mais íngreme nestas últimas três décadas.
Os pesquisadores afirmam que a média de aumento anual têm sido de 2ppm nos últimos cinco ou seis anos e isto já é mais alto do que nas décadas anteriores. Para se ter uma idéia, nos anos 80 esse aumento era de cerca de 1,5 ppm ao ano e na década de 60, inferior à 1ppm.

5 comentários:

Li Sayuri disse...

Ótimas reportagens, professor! =)
Parabéns!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Blog fantástico professor, será muito útil para meus estudos :)
Parabéns pelo trabalho

Anônimo disse...

Katon, Goukakyu no jutsu.

Anônimo disse...

jaum blog super interesante, adorei!
beijao boas ferias!